A televisão levou cerca de uma década para conquistar seu primeiro milhão de telespectadores, a internet levou 4 anos e a Inteligência Artificial Generativa (IAG), como, por exemplo, o ChatGPT, alcançou a marca de 1 milhão de usuários em 5 dias, e atualmente possui mais de 100 milhões de usuários.
A IAG possui o poder de gerar conteúdo de forma instantânea e essa mesma tecnologia, aplicada à televisão, está redefinindo a experiência do espectador e abrindo novas possibilidades para a indústria televisiva, como:
- Personalização: Algoritmos de recomendação, utilizados especialmente em plataformas de streaming, estão cada vez mais sofisticados e permitem oferecer conteúdo sob demanda, ajustado ao gosto de cada espectador. Ex: Netflix, Disney+ e Amazon Prime, HBO Max, PlayPlus.
- Produção de Conteúdo: A IAG agiliza a criação de roteiros, efeitos especiais e dublagens, além de auxiliar na edição de vídeos. Ex: Rejuvenescimento digital do ator Robert De Niro no filme “O Irlandês”. O “South Park” utiliza a IAG para gerar novas piadas e adaptar episódios de forma mais rápida.
- Novos Modelos de Negócio: A venda de dados de audiência e a criação de conteúdo personalizado para marcas são novas oportunidades de receita impulsionadas pela IA. Exemplos: Gigantes como Facebook (Meta), Instagram, LinkedIn e TikTok coletam dados sobre seus usuários e vendem para anunciantes e empresas de marketing.
- Interação com o Espectador: Assistentes virtuais como a Alexa permitem controlar a TV por voz e receber recomendações personalizadas. Fabricantes de televisores como a Samsung e a LG desenvolvem televisores com assistentes virtuais baseados em IAG.
Diante da crescente utilização da IAG na produção de conteúdo, é fundamental que abordemos os desafios e considerações éticas envolvidos nesse processo, como:
- Ética e viés: A IAG pode reproduzir e amplificar vieses presentes nos dados de treinamento. É fundamental garantir que os algoritmos sejam treinados com dados diversos e representativos.
- Propriedade intelectual: A criação de conteúdo por meio de IA levanta questões importantes sobre a propriedade intelectual e os direitos autorais.
Imagine uma TV que se adapta aos seus gostos, recomenda conteúdos exclusivos e até mesmo cria histórias personalizadas para você. Essa realidade está mais próxima do que você imagina.