A NAB Show 2025 esta sendo palco de discussões estratégicas sobre o futuro da radiodifusão, com atenção especial ao mercado norte-americano — e um dos destaques mais importantes veio do painel SET:30, onde o avanço do ATSC 3.0 foi colocado em pauta.
Na foto que abre esta publicação, vemos o momento em que o CTO da ATSC apresentou um resumo técnico e regulatório da proposta conjunta entre o ATSC e a FCC, que visa estabelecer um cronograma oficial para a transição ao novo padrão de transmissão. O slide, com o título “Public Notice – Breaking News!”, anuncia a publicação de um Notice of Proposed Rulemaking (NPRM) — ou seja, um aviso formal de proposta de regulamentação.
A proposta apresentada prevê uma transição em duas fases:
• Fase 1: até fevereiro de 2028, emissoras dos 55 maiores mercados dos EUA — que representam cerca de 70% da população — devem concluir a migração.
• Fase 2: os demais mercados têm até fevereiro de 2030 para migrar completamente.
Outro ponto de destaque é a proposta de obrigatoriedade de sintonizadores ATSC 3.0 em todos os televisores vendidos a partir de 2028.
Essa movimentação acontece em um momento crítico. Desde o lançamento oficial do padrão em 2017, que era facultativo as emissora aderem ou não ao patrão, o avanço tem sido lento.
Durante o painel, o CTO da ATSC reforçou que a tecnologia já está madura, e que agora o foco precisa ser a articulação entre indústria, governo e radiodifusores para destravar o seu verdadeiro potencial. A iniciativa, chamada “Future of Television”, marca um novo momento: com apoio institucional da FCC e a liderança da NAB, o setor norte-americano parece, finalmente, caminhar rumo a uma transição coordenada e viável.
E a LM Telecom esteve presente nesse debate. Representando a empresa na NAB Show deste ano, o Dr. Alberto Botelho acompanhou de perto a apresentação e as discussões técnicas sobre a proposta de regulamentação do ATSC 3.0, reforçando o compromisso da LM com a atualização tecnológica da radiodifusão no Brasil e com o acompanhamento das tendências internacionais que impactam diretamente o nosso mercado.
Se aprovada, a proposta pode servir como um divisor de águas não só para os Estados Unidos, mas também como referência internacional para países que acompanham a evolução do ATSC 3.0 de perto — como o Brasil.
- Autor Daniele Vieira
